Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita: cuide do seu coração

Hospital Santa Rita alerta para condição que afeta 20% da população brasileira

O Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita, em 12 de novembro, visa alertar sobre um problema que, segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), representa 20% das mortes naturais e cerca de 50% das mortes de origem cardíaca. Por isso, a data é utilizada para conscientizar o público sobre a natureza das arritmias, seus sinais de alerta e os tratamentos disponíveis.

O cardiologista Dr. Silas dos Santos Galvão Filho explica que as arritmias cardíacas estão fortemente ligadas à morte súbita. “As arritmias cardíacas são alterações no ritmo normal dos batimentos do coração. A morte súbita, por sua vez, é um evento inesperado causado pela perda abrupta da função cardíaca, geralmente decorrente de uma arritmia letal”.

De acordo com o médico, geralmente, um coração normal em repouso bate entre 60 e 100 batimentos por minuto (bpm). No caso da taquicardia (ritmo acelerado), o órgão bate rápido demais (acima de 100 bpm em repouso). Já na bradicardia (ritmo lento), ele bate abaixo de 60 bpm.

“Os batimentos irregulares ocorrem quando se perde a regularidade rítmica. Um exemplo é a Fibrilação Atrial, na qual as câmaras superiores (átrios) batem de forma desorganizada e ineficaz”, explica. Algumas arritmias são benignas, não causam riscos ou sintomas, mas outras podem ser graves, prejudicar o bombeamento de sangue e resultar em consequências sérias, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou até mesmo a morte súbita.

Morte súbita

A morte súbita, quando de origem cardíaca (Morte Súbita Cardíaca), pode ser a primeira manifestação de uma arritmia grave. Cerca de 90% dos casos são causados por um tipo de arritmia muito perigosa chamada Fibrilação Ventricular ou Taquicardia Ventricular.

“Nesses quadros, as câmaras principais do coração (ventrículos) batem de forma tão rápida e desorganizada que o órgão perde a capacidade de bombear o sangue para o corpo”, complementa o Dr. Silas.

Tratamentos 

Quando uma arritmia é diagnosticada e precisa de tratamento, o cardiologista pode escolher entre várias abordagens terapêuticas, dependendo do tipo e da gravidade do problema. O objetivo é sempre restabelecer o ritmo normal do coração e evitar complicações sérias.

O tratamento medicamentoso é um dos primeiros passos. “A medicação é usada principalmente para tratar arritmias rápidas (taquicardias) e para ajudar a controlar o ritmo em casos como a Fibrilação Atrial. Em arritmias que aumentam o risco de coágulos, como a Fibrilação Atrial, também podem ser usados anticoagulantes para prevenir um AVC”, detalha o cardiologista.

A Ablação por Cateter é um procedimento no qual um tubo fino e flexível (cateter) é inserido por meio de uma veia e guiado até o coração. “O médico utiliza energia de calor ou frio para ‘queimar’ ou congelar essa pequena área de tecido doente, eliminando assim o sítio de origem da arritmia”, complementa.

Para problemas mais complexos ou de alto risco, é necessário o implante de dispositivos eletrônicos. Nesses casos, o uso de pequenos aparelhos é indispensável: um marcapasso, para ritmo lento (bradicardia); ou um cardioversor desfibrilador implantável (CDI), para o risco de morte súbita.

A Cardioversão Elétrica é um procedimento rápido realizado em ambiente hospitalar para reverter certas taquicardias, como a Fibrilação Atrial, quando é preciso restaurar o ritmo normal de forma imediata. “O paciente recebe uma sedação leve e, em seguida, um choque elétrico controlado é aplicado externamente (com o uso de pás no peito) para ‘desligar e ligar’ o sistema elétrico do coração, fazendo com que ele retome o compasso correto”, orienta o médico.

Prevenção e sinais de alerta

A prevenção passa por um estilo de vida saudável e pela atenção aos seguintes sinais:

  • Palpitações: sensação de que o coração está disparado, batendo forte ou falhando.
  • Tonturas ou desmaios (Síncope).
  • Falta de ar e cansaço sem motivo aparente.
  • Dor ou desconforto no peito.

“Procure o médico ao sentir qualquer um desses sintomas de forma persistente ou grave. O diagnóstico precoce, feito por meio de exames como o eletrocardiograma ou holter, é vital para manter o seu coração no compasso certo”, ressalta o Dr. Galvão Filho.

Para pessoas a partir dos 40 anos, ou conforme orientação médica, o cardiologista orienta sobre a importância de um check-up regular. “Consulte um cardiologista anualmente, principalmente se tiver histórico familiar de doenças cardíacas ou morte súbita”, reforça.

Não fumar, evitar o consumo excessivo de álcool e energéticos, ter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas regularmente e controlar o estresse e a ansiedade são passos importantes para evitar qualquer doença do coração.

Hospital Santa Rita

O Hospital Santa Rita possui um corpo clínico altamente qualificado, oferecendo aos seus pacientes atendimento completo na investigação e tratamento das doenças cardiovasculares, além de todo o suporte para prevenção e promoção da saúde.

As unidades do Centro Médico Santa Rita, localizadas nas Ruas Cubatão e Peixoto Gomide, oferecem atendimento de excelência, acessível via planos de saúde e particular, para quem busca realizar seu acompanhamento cardiológico.

Além disso, o Pronto Atendimento, situado a poucos minutos da Avenida Paulista e do metrô Ana Rosa, está à disposição ininterruptamente, 24 horas por dia, sete dias por semana.

Agendamentos

Os agendamentos para consultas e exames podem ser realizados pelo telefone: (11) 5908-6000, ou ainda pelo e-mail [email protected]. Os agendamentos de Endoscopia devem ser feitos pelo telefone: (11) 3184-1080.

Endereços:

Centro Médico – Unidade Vila Mariana: Rua Cubatão, 1190, Vila Mariana, São Paulo/SP (Próximo à estação Ana Rosa da linha azul do metrô)

• Centro Médico – Unidade Bela Vista: Rua Peixoto Gomide, 515, conjunto 86, 8° andar, Bela Vista, São Paulo/SP

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