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Esclerose Múltipla: tudo o que você precisa saber

Doença autoimune crônica atinge pessoas entre 20 e 50 anos de idade, em sua maioria mulheres

Fadiga intensa, transtornos visuais, problemas de equilíbrio e coordenação. Estes sintomas podem ser comuns a diversas enfermidades, mas também estão presentes no dia a dia de quem tem esclerose múltipla (EM), uma doença autoimune crônica rara, que no mundo todo atinge entre 2 milhões e 2,5 milhões de pessoas em idade produtiva (dos 20 aos 50 anos). De acordo com o Ministério da Saúde, em sua maioria esses pacientes são mulheres.

A doença é uma das mais comuns do sistema nervoso central, afetando o cérebro e a medula espinhal. No Brasil, estima-se que a incidência se aproxime de nove casos para cada 100 mil habitantes. “A esclerose múltipla é um problema neurológico caracterizado por inflamação e desmielinização das fibras localizadas no cérebro e medula”, explica o médico neurologista do Hospital Santa Rita, Dr. Flávio Key Miura.

Segundo o neurologista, essas fibras são revestidas pela mielina (capa formada de proteína e gordura), que proporciona a rápida passagem do impulso nervoso. “A inflamação ocorre devido a uma agressão do sistema imunológico, que passa a não reconhecer a mielina como parte do próprio corpo e a ataca”, completa.

Veja a seguir um bate-papo com o neurologista do Santa Rita e conheça mais sobre a doença, seu diagnóstico e tratamentos.

Quais as causas da Esclerose Múltipla?

Dr. Flávio Key Miura – As causas envolvem predisposição genética (com alguns genes já identificados que regulam o sistema imunológico) e a combinação com fatores ambientais, que funcionam como “gatilhos”. Alguns deles são:

  • Infecções virais (vírus Epstein-Barr);
  • Baixa exposição ao sol e, consequentemente, níveis baixos de vitamina D;
  • Tabagismo;
  • Obesidade;
  • Exposição a solventes orgânicos.

Quais os sintomas mais comuns da doença?

Dr. Flávio Key Miura – Nos pacientes com esclerose múltipla, as células imunológicas invertem seu papel: ao invés de protegerem o sistema de defesa do indivíduo, passam a agredi-lo, produzindo inflamações. Essas inflamações comprometem as funções coordenadas pelo cérebro, cerebelo, tronco encefálico e medula espinhal.

Dessa forma, surgem os sintomas típicos da doença: alterações da qualidade da visão, visão dupla, fraqueza nos membros, desequilíbrio, descoordenação, alterações da sensibilidade do corpo, alterações de sensibilidade e distúrbios urinários. Para serem considerados suspeitos para a doença, os sintomas devem durar mais de 24 horas.

É importante dizer que 40% das pessoas diagnosticadas com esclerose múltipla têm perda da sensibilidade em determinada região do corpo e formigamentos. Vale observar sintomas motores como perda de força, fraqueza em um ou múltiplos membros ou, ainda, sensação de membro pesado, além de dificuldade para andar, descoordenação motora e tonturas.

As pessoas podem apresentar também alterações cognitivas, da memória, do raciocínio e da velocidade de processamento de dados do cérebro, que podem estar presentes desde os estágios iniciais da doença, mas são mais frequentes e evidentes em estágios mais avançados.

Esses sintomas podem evoluir ou mudar?

Dr. Flávio Key Miura – Sim, quando não tratada, a pessoa apresenta piora dos sintomas em diferentes momentos da vida, como ondas; e apresenta inflamações que atingem diferentes áreas do cérebro, nervos ópticos e medula espinhal (sistema nervoso central). Muitas vezes acontecem períodos de crises (os chamados surtos) seguidos por períodos de estabilidade.

O modo como a doença se manifesta em cada surto é variável e pode apresentar mais de um sintoma. Alguns pacientes apresentam piora dos sintomas na ocorrência de febre ou infecções, frio extremo, calor, fadiga, exercício físico, desidratação, variações hormonais e estresse emocional – no geral, são situações transitórias.

É importante ter atenção às infecções, pois podem agravar o quadro clínico do paciente, desencadeando sintomas que podem ser considerados surtos, mas, nessas situações, são considerados “falsos ou pseudo-surtos”.

Como é feito o diagnóstico da Esclerose Múltipla?

Dr. Flávio Key Miura – Ainda não existe um exame específico que possa identificar a doença de forma direta. Dessa forma, o diagnóstico é feito a partir do histórico de sintomas associado a um exame neurológico clínico. Para apoiar o diagnóstico, o médico pode pedir uma ressonância magnética e o estudo do líquido cefalorraquidiano (LCR), ou líquor, com Pesquisa de Bandas Oligoclonais (BOC).

Como é feito o tratamento para a Esclerose Múltipla?

Dr. Flávio Key Miura – Existem diferentes tratamentos com o uso de medicamentos para a esclerose múltipla, sendo todos eles personalizados para cada paciente. Nos últimos anos, houve avanços significativos no desenvolvimento de terapias que ajudam a reduzir a frequência e a gravidade dos surtos e a retardar a progressão da doença. Apenas com o diagnóstico correto é possível sugerir um tratamento adequado, que pode envolver corticosteroides e medicamentos para ajudar a controlar o sistema imunológico, por exemplo.

Uma pessoa com EM pode levar uma vida normal?

Dr. Flávio Key Miura – As pessoas com esclerose múltipla conseguem, com frequência, manter um estilo de vida ativo. Fazer exercícios com frequência reduz a espasticidade (quando os músculos ficam tensos e rígidos) e contribui para manter a saúde cardiovascular, muscular e psicológica. É fundamental que os pacientes busquem apoio médico regular. 

Atendimento de excelência e acessível 

No Hospital Santa Rita, nossos pacientes têm acesso a tecnologia de ponta para cuidar da saúde, com serviços de ultrassonografia e ressonância, além de atendimento em diversas especialistas médicas. Além disso, o Pronto Atendimento, localizado a poucos minutos da Avenida Paulista e do metrô Ana Rosa, está à disposição 24 horas por dia, 7 dias por semana.

As unidades do Centro Médico Santa Rita, localizadas na Rua Cubatão e na Rua Peixoto Gomide, oferecem atendimento de excelência e acessível (particular e convênios) para pessoas que desejam realizar o acompanhamento neurológico. 

Agendamentos: 

Os agendamentos para consultas e exames podem ser realizados pelos telefones: (11) 5908-6000 e (11) 93400-5380, ou ainda pelo e-mail [email protected]

Endereços: 

  • Centro Médico – Unidade Vila Mariana: Rua Cubatão, 1190, Vila Mariana, São Paulo/SP (Próximo à estação Ana Rosa da linha azul do metrô) 
  • Centro Médico – Unidade Bela Vista: Rua Peixoto Gomide, 515, conjunto 86, 8° andar, Bela Vista, São Paulo/SP

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