Doença ocorre quando o coração não está bombeando sangue suficiente para atender às necessidades do corpo
O Dia Nacional de Alerta contra a Insuficiência Cardíaca, em 9 de julho, é uma data que reforça a importância de prevenir essa doença que afeta cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil e é uma das principais causas de hospitalização. Seus impactos vão além dos sintomas físicos, podendo limitar significativamente as atividades diárias e a qualidade de vida dos pacientes.
Segundo o médico cardiologista do Hospital Santa Rita, Dr. Victor Haddad, “a insuficiência cardíaca é uma condição que o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender as necessidades do corpo e, como consequência, fluido pode se acumular nas pernas, pulmões e em outros tecidos por todo o corpo”.
Muitos problemas que afetam o coração podem causar insuficiência cardíaca, que inicialmente pode não apresentar sintomas e, com o passar dos meses, é possível observar falta de ar e fadiga. Veja a seguir informações importantes sobre as principais causas e fatores de risco, como é feito o diagnóstico e o tratamento da doença.
Quais as principais causas e fatores de risco para desenvolver Insuficiência Cardíaca?
Dr. Victor Haddad – A doença pode ocorrer por várias razões e, em geral, é resultado de problemas no coração. As principais causas são: hipertensão arterial, doença coronariana (infarto do miocárdio), doenças das válvulas do coração, doenças do músculo cardíaco (cardiomiopatias), alcoolismo e algumas condições congênitas.
Quais os principais sintomas?
Dr. Victor Haddad – Algumas pessoas, em fases muito iniciais da doença, podem não ter sintoma algum. Outras podem ignorar sintomas como cansaço ou falta de ar porque os relacionam a outras doenças ou condições. Às vezes, no entanto, os sintomas de insuficiência cardíaca são mais evidentes.
No entanto, por causa da incapacidade do coração de bombear sangue de forma eficiente e fornecê-lo aos órgãos (como os rins e o cérebro), os principais sintomas são: falta de ar, inchaço dos pés e pernas, sensação de cansaço, dificuldade de dormir à noite devido a problemas respiratórios, abdômen inchado, perda de apetite, tosse com muco “espumoso”, confusão, memória prejudicada.
Como é feito o diagnóstico?
Dr. Victor Haddad – O diagnóstico é feito inicialmente levando-se em conta os sintomas relatados pelo paciente, como falta de ar e inchaço nas pernas, por exemplo. Também fazemos uma avaliação do histórico médico, incluindo doenças passadas e atuais, histórico familiar e estilo de vida.
Além de verificar coração, pulmões, abdômen e pernas, para serem analisados se os sinais de insuficiência cardíaca estão presentes, é de suma importância lançarmos mão incialmente dos seguintes exames: ecocardiograma, eletrocardiograma e radiografia de tórax, por exemplo.
Feito o diagnóstico, como é o tratamento?
Dr. Victor Haddad – Devido ao acúmulo de líquido no corpo, os pacientes são medicados com diuréticos, medicamentos que atuam no rim, além de orientações para restringir a ingestão de sal e líquidos, visando melhorar a qualidade e expectativa de vida.
Atualmente, existem medicamentos que podem auxiliar na melhora da função cardíaca e estabilizar a condição.
Importante ressaltar que o paciente deve seguir rigorosamente as orientações médicas e tomar a medicação corretamente para o sucesso do tratamento e prevenção de complicações.
Já para casos específicos, podemos avaliar o implante de dispositivos para reduzir o risco de arritmias (alterações nos batimentos) e melhorar a contratilidade do coração; trata-se dos cardiodesfibriladores e ressincronizadores cardíacos. Também pode-se orientar algum procedimento cirúrgico em situações específicas nas válvulas cardíacas.
Para pacientes que não respondem ao tratamento clínico, o transplante cardíaco ainda é a melhor conduta para o tratamento, sempre levando-se em conta a dificuldade de doação de órgãos no nosso país.
Como é feita a prevenção da doença?
Dr. Victor Haddad – A prevenção dos fatores de risco cardiovasculares é fundamental para reduzir o desenvolvimento da insuficiência cardíaca, incluindo o tratamento adequado da hipertensão arterial, diabetes, tabagismo e sedentarismo.
O acompanhamento de saúde com cardiologista anualmente também tem o objetivo de manter sob controle os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Hospital Santa Rita
O Hospital Santa Rita conta com corpo clínico altamente qualificado para proporcionar aos seus pacientes atendimento completo na investigação e tratamento das doenças cardiovasculares, além de todo o suporte de prevenção e promoção de saúde.
As unidades do Centro Médico Santa Rita, localizadas na Rua Cubatão e na Rua Peixoto Gomide, oferecem atendimento de excelência e acessível (particular e convênios) para pessoas que desejam realizar o acompanhamento de saúde com cardiologista.
Além disso, o Pronto Atendimento, localizado a poucos minutos da Avenida Paulista e do metrô Ana Rosa, está à disposição 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Agendamentos:
Os agendamentos para consultas e exames podem ser realizados pelos telefones: (11) 5908-6000 e (11) 93400-5380, ou ainda pelo e-mail [email protected].
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