Nas últimas três décadas, a proporção pessoas com Alzheimer no Brasil aumentou 127%, indica um estudo publicado na Revista Brasileira de Epidemiologia. A estimativa é que, até 2050, os casos podem quadruplicar caso medidas de prevenção não forem adotadas. O Alzheimer é um transtorno mental progressivo que afeta a memória e causa outras complicações à saúde dos idosos. O setor de neurologia do Hospital Santa Rita conta com profissionais qualificados para auxiliar pacientes diagnosticados com a doença.

O levantamento foi realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em parceria com a Universidade de Queensland, na Austrália. A análise baseou-se nos dados de 2015 e 2016 do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil). Além do aumento da proporção de casos no País, a pesquisa também revelou que pacientes com Alzheimer têm maior propensão a quedas, são hospitalizados com maior frequência e por períodos mais longos em comparação àqueles que não têm a doença.

Os resultados do levantamento também indicam piora na qualidade de vida, sobretudo no âmbito emocional. Dois em cada três pacientes relataram sinais de tristeza e depressão na maior parte do tempo. Além disso, o envelhecimento pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de Alzheimer. A expectativa é que a faixa etária acima de 65 anos represente 21,87% da população do País até 2050, segundo projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Portanto, esse será um desafio coletivo para os próximos anos.

O Hospital Santa Rita destaca que, além dos cuidados médicos especializados para os pacientes com esse quadro clínico, também será necessário a promoção de ações com foco na qualidade de vida com o apoio de uma equipe assistencial integrada para tentar promover o bem-estar.

Fontes: Revista Brasileira de Epidemiologia; Revista Galileu