Em todo o mundo, estima-se que mais de 70 milhões de pessoas sejam afetadas
Em um mundo cada vez mais conectado, a pressão por padrões estéticos e a busca incessante pela “perfeição” têm um lado sombrio: o aumento da incidência de transtornos alimentares, que são distúrbios que vão além de uma escolha ou um estilo de vida.
Os transtornos alimentares são, na verdade, doenças de caráter mental que estão associadas a perturbações graves nos comportamentos das pessoas — e nos pensamentos e emoções relacionados.
Em todo o mundo, estima-se que mais de 70 milhões de pessoas sejam afetadas por alguma forma de transtorno alimentar, seja anorexia, bulimia, transtorno de compulsão alimentar, entre outras. Por isso, para alertar a população sobre o tema, 2 de junho é o Dia Mundial de Conscientização dos Transtornos Alimentares.
Mas o que exatamente são, como podemos identificá-los e, mais importante, quando é a hora de buscar ajuda?
“Transtornos alimentares não são caprichos ou “fases”. São condições médicas complexas, frequentemente enraizadas em fatores psicológicos, emocionais e sociais”, explica a psicóloga clínica Tatiana Bigoto. De acordo com a psicóloga, os transtornos mais comuns incluem:
Anorexia Nervosa: caracterizada por uma restrição alimentar extrema, medo intenso de ganhar peso e uma percepção distorcida da própria imagem corporal. Pessoas com anorexia veem a si mesmas como acima do peso, mesmo quando estão perigosamente magras.
Bulimia Nervosa: envolve ciclos de compulsão alimentar (comer grandes quantidades de comida em um curto período) seguidos por comportamentos compensatórios, como vômitos autoinduzidos, uso abusivo de laxantes ou diuréticos, ou exercícios físicos excessivos.
Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica: diferente da bulimia, aqui há episódios de compulsão alimentar sem os comportamentos compensatórios. A pessoa sente uma perda de controle durante os episódios e, frequentemente, vergonha e culpa depois.
Como identificar que algo está errado
A identificação precoce é vital, mas os sinais nem sempre são óbvios. “Por isso é importante ficar alerta em comportamentos. Por exemplo, quando a pessoa evita comer em público ou frequentar eventos que envolvem comida”, completa Tatiana.
Além das mudanças comportamentais, também é importante ficar atento às mudanças físicas. Conheça mais sinais de alerta:
No corpo
- Variações de peso bruscas: uma perda ou ganho de peso inexplicável e significativo em um curto espaço de tempo.
- Fadiga crônica: sensação constante de cansaço, mesmo após períodos de descanso.
- Problemas digestivos: dores de estômago frequentes, constipação, inchaço.
- Sinais de desnutrição: pele seca, cabelos quebradiços, unhas fracas, tonturas ou desmaios.
No comportamento
- Obsessão com comida e peso: uma preocupação excessiva com calorias, dietas, nutrição, pesagem frequente ou evitar a balança completamente.
- Rituais alimentares estranhos: cortar a comida em pedaços pequenos, comer devagar demais, esconder alimentos ou evitar comer na frente dos outros.
- Exercício compulsivo: praticar exercícios físicos de forma exagerada e secreta, mesmo quando doente ou lesionado.
- Isolamento social: evitar eventos sociais que envolvam comida.
- Mudanças de humor: irritabilidade, ansiedade, depressão, isolamento.
- Mentiras sobre alimentação: criar desculpas para não comer ou inventar que já comeu.
A hora de procurar ajuda
“Detectar um ou mais desses sinais em si mesmo ou em alguém próximo é um chamado para a ação”, diz a psicóloga. Transtornos alimentares não se resolvem sozinhos e podem levar a consequências graves para a saúde, incluindo danos a órgãos, problemas cardíacos e, em casos extremos, óbito.
Segundo a especialista, o tratamento para pessoas com transtornos alimentares tem que ser multiprofissional. Deve ser conduzido por um psiquiatra, um psicólogo, um nutricionista e um clínico. “Os profissionais vão atuar conjuntamente e, conhecendo o paciente, entender de forma completa como poderá ajudá-lo no tratamento”, completa.
A conscientização é o primeiro passo para quebrar o ciclo vicioso dos transtornos alimentares. Falar abertamente sobre o tema, sem julgamentos, e oferecer apoio a quem precisa, são atitudes que podem fazer toda a diferença.
Atendimento no Santa Rita
Nas unidades do Centro Médico Santa Rita, localizadas na Rua Cubatão e na Rua Peixoto Gomide, pacientes e comunidade encontram profissionais capacitados para identificar e tratar transtornos alimentares.
Além do acompanhamento médico especializado, os pacientes do Hospital também têm acesso a uma série de exames que podem ser realizados para apoiar no diagnóstico clínico.
O Pronto Atendimento do Santa Rita, localizado a poucos minutos da Avenida Paulista e do metrô Ana Rosa, também está à disposição 24 horas por dia, 7 dias por semana, para atendimentos de urgência.
Agendamentos
Os agendamentos para consultas e exames podem ser realizados pelos telefones: (11) 5908-6000 e (11) 93400-5380, ou ainda pelo e-mail [email protected].
Endereços:
- Centro Médico – Unidade Vila Mariana: Rua Cubatão, 1190, Vila Mariana, São Paulo/SP (Próximo à estação Ana Rosa da linha azul do metrô)
- Centro Médico – Unidade Bela Vista: Rua Peixoto Gomide, 515, conjunto 86, 8° andar, Bela Vista, São Paulo/SP